Vivo de ti, mas não mais por ti

Hoje quero sentar-me
Ouvir-te
Comer
Não à ti, mas de ti
Da essência do teu saber
Do teu viver
Tecer dos exemplos um novo querer
Crescer
Renascer
Hoje sento-me
Oiço
Bebo
Sem querer fiar memórias
De vivências alheias
Revividas em traumas não tratados
Assimilados
Abusados
Já não como nem mais sei beber
De medo no meu ego
Lascado de outros
Revoltos por gerações
Falo e jamais oiço
Desde o leito do teu pranto
Por não me quereres
Ouvir
Saber
Criar
Pois não mais vivo por ti.


(Criado a 02 de April de 2015, e não anotei o que me inspirou...)

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