Realidade de uma mãe...

... Com rabiscos de nostalgia ao ver os seus filhos crescer. 

Disse-me a minha mãe no outro dia, enquanto planeavamos a minha festa de aniversário, que ela estava contente que eu fazia anos. Mas, disse que estava triste que eu estava a crescer muito rápido. 
- Como é que pode ser rápido se já passaram 11 anos? Perguntei-lhe.
Ela diz que sente saudades de usar-me como peso nas pernas para fazer exercicios, levantando-me para o ar e ouvir-me sorrir. De preparar o meu banho e eu correr sem pressas de sair da água. Diz que sente já não poder levar-me às costas e correr comigo pelos parques; se hoje faço ela reclama com dores nas costas por dias. 
Segundo ela, a fada madrinha, o pai natal e o coelhinho da páscoa vão reunir-se daqui há algum tempo para decidir quem fica e quem
já não tem trabalho por esses lados do mundo. Estava triste a minha mãe; molharam-se-lhe os olhos e abraçou-me. Não sabia ajuda-la. Não podia mudar nada. 
- crescendo ou não, eu vou ser sempre teu filho, mãe. Disse-lhe e afastei-me para brincar com a minha irmã. Ela não se juntou para brincar connosco.  Ficou sentada a olhar para nós, tão distraida que deixou queimar o arroz para o jantar.
- Yay! Celebrei. Agora podemos chamar pizza, mamã. Disse-lhe.
- Pois, pois, vontade nunca te faltou para comer uma pizza. Respondeu agarrando-me no cafrique a brincar. Liga para eles e pede que tragam à casa.
- liga eu?
- Não foste tu que disseste que já tens quase 11 anos?
- Obá! Gritou a minha irmã ao aperceber-se que a minha mãe aceitou que comamos pizza, mesmo que ainda não seja sexta-feita.

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