O sonho de uma sala de aulas bem equipada

Como já mencionado em blogs passados aqui, ter um ambiente com livros e incentivar as crianças a ler, criando-se rotinas e momentos educativos, e/ou expô-las a livrárias ou bibliotecas tendem a aumentar a curiosidade deles. Noto, no entanto, de que a decoração das salas de aulas (o lugar aonde a maioria das crianças passa grande parte do seu dia) é de igual (ou maior) importância, visto que certa percentagem desses meninos e meninas não têm o ambiente acolhedor ou estimulante sugerido anteriormente.
Ideal seria, como sugere a citação de Eça de Queirós, que exposessemos todas as crianças a uma educação académica pouco rigida numa sala de aulas e sim mais aventureiras pelo grande salão que é o mundo por ai além. Contudo, para muitos pequenos, a realidade reverte-se em horas passadas na mesma sala de aulas de 5 a 6 horas por semana.
Os espaços têm de ser organizados com critérios pedagógicos para enriquecer o repertório lúdico dos alunos. É imperativo que tenham não só o quadro aonde os professores escrevem mas também cartazes de cores vivas expostos a um nivel que as crianças possam ter acesso de qualquer parte da sala. A escola pode ter um padrão básico para todas as salas, como:
·         Um cabeçalho com o alfabeto (maiúsculas e minúsculas de imprensa e cursiva) e com os números até 100 (como base).
·         Um calendário
Via Bau de letras
























·    Um cartaz com as estações do ano e ou como está o tempo
Via Meli Artes

·         Lista dos ajudantes do dia (promove liderança e auto-estima pois o aluno senten-se validado).
Via Meli Artes

·     Quantos somos ou lista dos nomes dos meninos, incluindo os ausentes.
Via Apetrechos da Juh












·      Para as creches:
o    Cartazes com canções populares ilustrados
o    Espelho
·     Placas para a porta da sala (Ex. Benvindos!, Hora da leitura, Hora do cochilo)

Infelizmente um bom número das escolas públicas ai pelo mundo não estão equipadas nem com metade do que foi aqui mencionado. Sendo padrão básico que, como mostram as imagens, pode ser feito facilmente com mateiral encontrado em qualquer papelaria, os professores e administradores de tais escolas (pobremente equipadas) deveriam unir esforços para tirar beneficios que essas mudanças possam vir a ter no aproveitamento académico das crianças num meio assim preparado.

Já no seu tempo dizia Eça de Queirós:
"A escola não deve ter a melancolia da cadeia. Pestallozi, Froebel, os grandes educadores, ensinavam em pátios, ao ar livre, entre árvores. Froebel fazia alterar o estudo do ABC e o trabalho manual; a criança soletrava e cavava. A educação deve ser dada com higiene. A escola entre nós é uma grilheta do abecedário, escura e suja: as crianças, enfastiadas, repetem a lição, sem vontade, sem inteligência, sem estímulo: o professor domina pela palmatória, e põe todo o tédio da sua vida na rotina do seu ensino." (Fonte: Citador) Com os niveis de stress maiores ainda com a dificuldades que o mundo sofre nesse momento, o “tédio” de que se referia o escritor é mais notável e mais assustador. 

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