Ouvir

Hoje quero sentar-me
Ouvir-te
Comer
Não a ti, mas de ti
Da essência do teu saber
Do teu viver
Tecer dos exemplos um novo querer
Crescer
Renascer
Hoje sento-me
Oiço
Bebo e não como
Da água sem querer
Fio memórias
De vivências alheias
Revividas em traumas não tratados
Assimilados
Abusados
Já não como nem mais sei beber
De medo no meu ego
Lascado de outros
Revoltos por gerações
Falo e jamais oiço
Desde o leito do teu pranto
Por não me quereres
Ouvir
Saber
Criar
Pois não mais vivo.

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