Entrevista- Mira Clock

Apercebi-me recentemente do lançamento do livro da escolhida para essa Entrevista. Uma nova- ou não tão nova assim- autora no mercado angolano, Mira Clock, que lança o seu segundo livro no dia 21 de Janeiro de 2015. Convidei-a e ela aceitou sem hesitar participar nessa rubrica aqui no D&P.

D&P: Mira, obrigada por aceitar o convite para participar nessa espaço aqui no D&P!
Conte-nos, como nasceu essa teimosia de escrever?

R: Não sei exactamente quando nasceu. Sempre gostei de escrever e de ler. Sou muito tímida, emotiva e observadora. Gosto de analisar o que se passa a minha volta e de imaginar cenários diferentes para depois traduzir tudo em palavras.

D&P: Como é que veio a concretizar o seu primeiro projecto? Ainda podemos encontrar o livro no mercado?

R: O meu primeiro livro intitulado Desabrochar, foi lançado em 2012, quando eu tinha 21 anos. Mas tenho poemas nesse livro que escrevi quando tinha 13 anos por exemplo, ou seja, o processo de criação foi gradual e contínuo. Felizmente já não há exemplares do Desabrochar disponíveis, porém a reedição está a ser preparada.

D&P: O que a incentivou a escrever as cartas a um ex-amor? Para que audiência escreveu esse livro?

R: Decidi escrever o livro Cartas a um ex-amor, durante uma viagem que fiz com o meu pai e dei por mim a experimentar escrever pequenos textos em prosa. De repente pensei, porque não desafiar-me a escrever um pequeno romance? E assim comecei a escrever o “Cartas” na primeira pessoa, como se estivesse a escrever num diário, tentando dar mais sentimento e realismo ao enredo. Escrevi o livro a pensar no público
Via Rede Angola
Jovem. (Incluindo adolescentes e jovens-adultos).

D&P: Com a publicação dos dois livros, que obstáculos encontrou até aqui para os ver publicados no mercado angolano?

R: Encontrei algumas dificuldades no processo de edição que ainda é um pouco caro e no processo de distribuição dos livros para todo País. Ainda é um pouco difícil para mim, fazer pequenas apresentações em todas as províncias e colocar o livro em livrarias por toda Angola.

D&P: O que é que a influenciou a começar a escrever?

R: O facto de gostar de ler e o apoio incondicional dos meus pais.

D&P: O que mais faz a Mira Clock para além de escrever?

R: Trabalho num escritório de Advogados como Jurista e sou Vice Coordenadora do Núcleo de Luanda do Movimento Literário Lev´Arte.

D&P: Quais eram os seus títulos/livros favoritos quando criança e quais são os seus favoritos hoje?

R: Quando criança gostava muito da colecção de livros da Anita e dos contos tradicionais angolanos como o Discurso de mestre Tamoda e Quem me dera ser Onda. Hoje leio alguns livros de Pepetela como o Tímido e as Mulheres mas também gosto muito de ler os poemas de Fernado Pessoa, Florbela Espanca, Cesário Verde e os romances de Nicholas Sparks e John Ray Grisham.

D&P: Que conselho daria a outros escritores não publicados?

R: Que não desistam dos seus sonhos e que invistam sempre na técnica literária. Ou seja, que leiam muito e pesquisem sobre o género literário que escrevem. É a única forma de fazer com que o nosso talento sejs reconhecido.

D&P: Aonde é que os interessados poderão saber mais sobre o seu trabalho e outros possíveis projectos? Tem um blog, site, Twiter ou página no Facebook?

R: Podem encontrar algumas crónicas e outros textos que escrevo no meu Blog (miraclock) e também podem saber um pouco sobre mim e sobre o meu trabalho na minha página do Facebook (Ana Ramalheira).

D&P: Mira, obrigada pelo seu tempo e por partilhar comigo (connosco) mais um bocadinho de si e do seu trabalho! Esperamos o melhor para os seus projectos e que possamos ver maistrabalhosseus pelo nosso mercado.

R: Eu é que agradeço pelo vosso convite e espero que as minhas singelas respostas tenham sido satisfatórias. Obrigada de coração. PAZ E BONS VENTOS!

D&P: Parabéns por mais um livro!


R: Obrigada! Que seja o segundo de muitos!

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