Ironia de um destino
Via HDWALLPAPERSONSOS |
forma, lá vão elas ganhando vida.
[...]
Uma manhã frio de
Domingo, uma semana após fugir da cada da avó Maria, rendi-me e saí da Chicala
onde consegui esconder-me todo esse tempo. Não foi fácil passar despercebida.
Na altura ninguém ignorava as crianças na rua, como o fazem hoje. Eu encontrei
um canoa velha e tombada, num canto quase por baixo da ponta à entrada da ilha,
e ai fiquei.
Aprendi a comer
peixe cruo até pensar em seca-lo. Também tive de tirar algumas coisas. Robei
mesmo! Até ser apanhada por um casal, como quem fiquei até atingir a vida adulta,
meses antes de afastar-me e viver os fantasmas da noite.
Cresci na
Maianga, numa rua com muitos jovens que acolheram-me. Antes que me apercebesse,
fazia parte da rotina deles, apesar de continuar a gostar do minha
clandestinidade.
[...]
Comments
Post a Comment