Entrevista- Cláudia Cassoma

Para a terceira entrevista com novos autores Angolanos no mercado, o D&P escolheu falar com Cláudia Cassoma, que tem já um livro no mercado do livro online desde Fevereiro de 2013.


Oi Cláudia! Obrigada por ter aceite o convite para essa entrevista.


Olá Lwsinha! Eu e que agradeço por me ter contigo hoje.

Diga-nos, quando e como é que iniciou o projecto para o seu primeiro livro “Amores que nunca vivi”?


O “Amores que nunca vivi” está disponível online desde 17 de Janeiro deste ano. 
Bem, pra falar a verdade, se dependesse de mim o livro não estaria publicado hoje. Eu tenho uma família maravilhosa e eles têm sido o meu porto seguro. A conversa sobre a publicação do livro começou há 2 anos atrás, se não estou em erro, mas como sempre fui adiando. Quando me mudei para os Estados Unidos em Janeiro de 2012 meus pais voltaram a tocar no assunto, e, quando da sua visita em Agosto, o meu pai decidiu que era altura de começar. De regresso à Angola, ele me deixou já com os papéis na mão e pra mim não havia mais fuga. Contactei a editora, fez-se a revisão e tudo o que tinha de ser feito. Infelizmente demorou mais do que esperei, em parte por negligência minha, mas graças a Deus Janeiro de 2013 tudo se fez pronto.


Do que é que se trata o livro “Amores que nunca vivi”?


“Amores que nunca vivi” e um livro de poesias; poesias sobre amor e “seus derivados” -como digo. 


O que é que a influenciou a começar a escrever? Quem e o que é que a influenciou?


Eu sempre fico com medo dessa pergunta, porque até agora pareço não ter uma resposta plausível. 
Tudo começou quando eu tinha 9 anos de idade. Não era nada senão copiar frases e/ou poemas para um caderno que possuía. Eu não era muito de ler quando criança, e talvez não seja tanto também agora, mas havia alguém que me oferecia livrinhos da madre Teresa de Calcutá. E aquele processo ler/escrever fez nascer em mim um desejo de fazer algo meu, comecei então a escrever frases, como se estivesse a responder os pensamentos que lia nos livros e ai começou a jornada. Escrever passou a ser o meu passatempo favorito. O facto de ser a única menina n’altura, é uma desculpa que também uso pra responder a esta pergunta. Gosto de pensar que o facto de me sentir sozinha também me influenciou a seguir este caminho. 


Quais eram os seus títulos/livros favoritos quando criança e quais são os seus favoritos hoje?


Lwsinha, quando criança não lia muito como já disse. Gostava muito do livro da Madre Teresa, mas infelizmente não lembro mais do titulo. Mas deixa dizer que ler faz parte de mim agora, e fiz de Penelas Santana um dos meus escritores favoritos. Li três dos livros dele e amei. Acho que foi pela forma como ele escreve, livre e despido de regras. Como também me vejo assim, me encontro em cada frase por ele escrita. Não sou muito de ler livros de auto-ajuda, o que os livros dele tendem a ser, mas aquela pitada de liberdade que ele carrega é o que me deixa fascinada. Fragata de Morais é outro escritor de que gosto pela maturidade com que escreve. Eu gosto de mistério, sempre gostei de adivinhar enquanto leio, e de me sentir surpreendida no final, e um dos livros que me deixou assim é o “All God’s Children” livro de Arthur Lyons escritor Americano. Eu não sou muito de ter coisas favoritas, porque cada uma me da algo diferente e é isso as faz únicas individualmente.


O que é que a inspira a escrever os seus poemas? Qual é o seu processo e com quanta frequência escreve?


Tudo. Absolutamente tudo me serve de estímulo nesse processo. Cada momento meu, de alguém que conheço, de alguém que alguém conhece, e qualquer outra situação que atravessa meus olhos me serve de impulso. 
Ah! Lw, eu já escrevi mais de 20 poemas num dia, já fiquei meses sem escrever, já passei noites por não conseguir segurar minha mente, por me encontrar embutida de ideias, já chorei também por não conseguir me expressar. Tudo isso pra lhe dizer que não há uma frequência estipulada. Eu escrevo quando a minha mente se vê em outras. E o processo é como qualquer outro, caneta na mão, papel na mesa e ideias a transbordar. 


Com esse primeiro livro, que obstáculos encontrou para o ver publicado no mercado Angolano?


Querida, infelizmente o meu livro ainda não se encontra no mercado angolano. Gostaria que estivesse, mas ainda estou a passar por esses tais obstáculos.


Voltaria a publicar um livro da mesma forma?


Talvez não. Este livro foi publicado de uma forma pouco experiente. Tive ajuda da minha família sim, como sempre, o que não me canso de agradecer, mas infelizmente não foi suficiente. Muita coisa não foi feita, e quando no processo do segundo me certificarei de que esses erros não sejam repetidos, que seja algo feito de uma maneira mais profissional. Se me entende?!


Para além de escrever, o que mais ocupa o seu tempo?


Talvez saiba que eu sou apaixonada por crianças por não me cansar de falar, então tenho trabalhado nessa direcção. Tenho outros projectos em carteira, além dos estudos, que agora se fazem mais importantes para mim.


Cláudia, obrigada pelo seu tempo e partilhar comigo (connosco) um bocadinho do trabalho que faz! Esperamos o melhor para os seus projectos, ou nos seus afazeres, e que possamos ver mais trabalhos seus pelo nosso mercado.


Eu que agradeço querida, é sempre um prazer conversar contigo, sabe que sou sua fã, talvez até já se cansou de saber disso. Quanto aos meus trabalhos, continuarão a ver sim, talvez não na mesma frequência agora que tenho muito a fazer, mas sempre haverá uma pitada minha por ai. 


Aonde é que os interessados poderão saber mais sobre a Cláudia e os seus trabalhos ou outros projectos? Tem um blog, site ou página no Facebook?


Estaria mais do que feliz de receber visita de todos no meu site www.claudiacassoma.com. Lá poderão não só ler meus escritos, como também saber mais sobre mim, o que faço, o que almejo. Sem esquecer das fotos que estão lá expostas e dos poemas que tenho declamado. Minha pagina no facebook é https://www.facebook.com/claudiacassoma e adoraria ter o “Gosto/Like” de todos lá também. Poderão encontrar outros links nesses dois lugares. 


Parabéns pelo seu livro!


Obrigada, e assim que possível os angolanos em Angola poderão ter acesso a ele também.

Fique bem, e sucessos pra ti, tanto aqui no D&P como fora do mundo virtual.

Obrigada!

Via Claudia Cassoma