Sem titulo

Já estava a ficar triste que não arranjava tempo para escrever. Hoje perdi-me pela noite adentro a desenvolver algo que anda a pedir para sair da minha mente.

[...]

Marcelo não a seguiu. Quando ela olhou de volta ao lugar aonde estava, para verificar se ele estava a olhar para ela, o Marcelo já não estava aí. Ficou a olhar para a multidão que se divertia na festa. Noutros tempos ela era uma daquelas pessoas aos saltos da música, a beber, a divertir-se. Mas não naquele dia.

Assustou-se com os braços másculos abraçarem-na por trás. Reconheceu o perfume que há minutes à interpelou. Tentou desgrudar-se novamente…

-     Eu não tenho ninguém nessa festa. Pelos vistos também não tens alguém de interesse, de outra forma não estarias aqui. Disse o Marcelo.

Landan queria sair dos braços dele.

-     Eu não tenho para onde ir, vim de boleia. Porque é que não sentamos aqui e conversamos?

-     Conversar sobre o quê? Eu nem te conheço.

-     Vais dizer que nunca me viste? Marcelo soltou a Landan e virou-se para olhar para ela de frente.

-     E ver-te significa conhecer-te?

-     Deixa-te disso, Landan.

-     Ainda por cima sabes o meu nome.

-     Temos amigos em comum. Claro que sei.

-     Ora, eu não sei o teu.

-     Marcelo. Bem vamos lá começar tudo de novo.

Marcelo andou uns passos e voltou-se para Landan.

-     Oi, eu sou o Marcelo.

-     Como já sabes, eu sou a Landan.

-     Prazer, Landan. Podemos sentar-nos e desfrutar da festa do mar?

-     Quem disse que eu preciso de companhia?

-     Então queres que me vá embora?

Landan sentou-se sem responder. Marcelo sentou-se aonde estava. Nenhum dos dois disse uma palavra por alguns minutos.

[...]

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