O que é que anda a tramar o Manuel?
Comecei a escrever durante o passeio com os meninos...
Mariazinha esperou pelo Manuel como era de hábito nos sete anos que namoravam. Sentavam-se nos degraus na parte da frente da casa prà mais tarde entrarem e comerem um lanchinho ou jantarem juntos. Entretanto, nos últimos três anitos, Manuel tem estado mais distante... Quando estão juntos ele parece vigilante dos movimentos ao seu redor e menos presente aos novos planos na vida do casal.
O cacimbo mal havia começado mas já se sentia o cawelo (frio) ao fim da tarde. Mariazinha rapou vinte minutos de frio antes de escolher esperar pelo garino no cúbico.
Manuel chegou apressado, seis minutos daí, beijando os lábios dela de caxexe, mesmo sabendo que ela gosta mesmo é de beijo na boca...
- Mas é o quê, Manel?
- Nada, bebé. Não há makas...
- Como não? Interrompeu-lhe Mariazinha, puxando o braço e desgrudando-se dele.
- Mizinha, meu amor...
- Teu amor não por muito tempo, se continuas com essas atitudes.
- Oh, lá estás tu... Assim pensas que estou a te dar kilapes?
Manuel sentou-se no sofá, ainda vigilante, como se preocupado com algo. Mariazinha dá as costas e vai prà cozinha e naquele momento entra a correr a Nenica. Senta-se no colo do Manuel e, abraçando-o, enche-o de beijos sem mesmo dar uma dica. Os dois nem notaram que Mariazinha havia regressado a sala.
- Nenica, vai lá brincar com as tuas amigas, gritou Mariazinha.
- Aí mamã, só queria cumprimentar o papá...
- E nós estávamos a conversar!
- Está bem, mamã.
- O que é que foi, Mizinha?
- Já não me dás atenção. Agora é só a tua filha.
- Nossa...
- Pois é! É nossa sim, mas a mesma intensidade com que namorávamos agora partilhas no amor e carinho que dás a ela.
- Se te conheço bem estás com ciúmes da nossa filha.
- Não são ciúmes, Maneli. Mariazinha sentou-se ao lado dele e fazendo beicinho continuou. Sabes que eu gosto de beijo na boca e de namoriscar; andar de mãos dadas e andarmos agarradinhos mesmo quando vemos televisão. A Nenita é nossa, mas...
Manuel agarrou a mão da Mariazinha, pôs-lhe ao colo e beijando-a na boca (como os dois gostavam) levo-a até o quarto deles.
Namoravam há sete anos e estavam casados há quase quatro, àquele momento os relembrou a noite de núpcias que tiveram no parque da Kissama, em que os distantes ruídos dos animais serviram de música de fundo a orquestra que se formou.
À menos de três meses do primeiro aniversário de casamento, ecoaram de choros e gritos de alegria a sala de partos da maternidade Augusto Ngangula...
Mariazinha esperou pelo Manuel como era de hábito nos sete anos que namoravam. Sentavam-se nos degraus na parte da frente da casa prà mais tarde entrarem e comerem um lanchinho ou jantarem juntos. Entretanto, nos últimos três anitos, Manuel tem estado mais distante... Quando estão juntos ele parece vigilante dos movimentos ao seu redor e menos presente aos novos planos na vida do casal.
O cacimbo mal havia começado mas já se sentia o cawelo (frio) ao fim da tarde. Mariazinha rapou vinte minutos de frio antes de escolher esperar pelo garino no cúbico.
Manuel chegou apressado, seis minutos daí, beijando os lábios dela de caxexe, mesmo sabendo que ela gosta mesmo é de beijo na boca...
- Mas é o quê, Manel?
- Nada, bebé. Não há makas...
- Como não? Interrompeu-lhe Mariazinha, puxando o braço e desgrudando-se dele.
- Mizinha, meu amor...
- Teu amor não por muito tempo, se continuas com essas atitudes.
- Oh, lá estás tu... Assim pensas que estou a te dar kilapes?
Manuel sentou-se no sofá, ainda vigilante, como se preocupado com algo. Mariazinha dá as costas e vai prà cozinha e naquele momento entra a correr a Nenica. Senta-se no colo do Manuel e, abraçando-o, enche-o de beijos sem mesmo dar uma dica. Os dois nem notaram que Mariazinha havia regressado a sala.
- Nenica, vai lá brincar com as tuas amigas, gritou Mariazinha.
- Aí mamã, só queria cumprimentar o papá...
- E nós estávamos a conversar!
- Está bem, mamã.
- O que é que foi, Mizinha?
- Já não me dás atenção. Agora é só a tua filha.
- Nossa...
- Pois é! É nossa sim, mas a mesma intensidade com que namorávamos agora partilhas no amor e carinho que dás a ela.
- Se te conheço bem estás com ciúmes da nossa filha.
- Não são ciúmes, Maneli. Mariazinha sentou-se ao lado dele e fazendo beicinho continuou. Sabes que eu gosto de beijo na boca e de namoriscar; andar de mãos dadas e andarmos agarradinhos mesmo quando vemos televisão. A Nenita é nossa, mas...
Manuel agarrou a mão da Mariazinha, pôs-lhe ao colo e beijando-a na boca (como os dois gostavam) levo-a até o quarto deles.
Namoravam há sete anos e estavam casados há quase quatro, àquele momento os relembrou a noite de núpcias que tiveram no parque da Kissama, em que os distantes ruídos dos animais serviram de música de fundo a orquestra que se formou.
À menos de três meses do primeiro aniversário de casamento, ecoaram de choros e gritos de alegria a sala de partos da maternidade Augusto Ngangula...
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