Entrevista- Aoaní d’Alva



* Aoaní, quando e como é que iniciou o projecto para o seu livro “Miopia Crónica”?

O projecto começou há mais ou menos um ano. Depois de notar que muitas pessoas pediam para reler as crónicas que publicava semanalmente no “Mutamba”, o caderno de cultura do Novo Jornal, resolvi junta-las todas num livro. Passei por um processo de triagem e correcção muito interessante, em que tive uma ajuda crucial da Isabel Bordalo, minha colega do jornal.

* Interessante título, do que é que se trata o “Miopia Crónica”?

O título parte do facto de eu pensar que escrevo sobre coisas que as pessoas tendem a não ver, ou a não querer ver.

* Fiquei a saber após o lançamento do seu livro que é jornalista, como pensa que ter o seu nome no mercado tenha facilitado a sua primeira publicação?

O facto de ser jornalista é capaz de ter influenciado bastante, não por eu ter um no mercado, mas porque por causa do trabalho acabei por conhecer a editora e as pessoas que trabalham nela. Foi uma das coisas que mais pesou, já conhecer as pessoas.

* O que é que a influenciou a começar a escrever?

Os meus pais dizem que eu sempre gostei muito de escrever, desde pequena. Mas acho que o que influenciou, foram eles! Livros como presente de natal e aniversário… Ler muito influenciou, com certeza.

* Quais eram os seus títulos/livros favoritos quando criança e quais são os seus favoritos hoje?

Eu adorava ficção/acção. Colecções como “Os cinco”, “Langelot” e “Uma aventura”, romances de Agatha Christie, Sir Artur Conandoyle, faziam o meu dia feliz. Não que isso fosse muito bom para a escola, porque eu preferia ler do que estudar! Heheheheheh. Hoje, anda tudo pela mesma ordem, livros de ficção, suspanse, romances policiais… Gosto muito!

* Alguns autores preparam os detalhes das histórias que escrevem (por exemplo, as personagens, algumas das cenas, antes de construírem a estória por completo). Qual é o seu processo?

O meu livro como não conta uma história só, não tem esse processo. As crónicas nascem normalmente de episódios com que me deparo no dia-a-dia. Um incidente na estrada, um final feliz na novela, caos, arrumação, gente, animal, religião, posição política… não existe propriamente um processo criativo. O processo criativo de boa parte dos jornalistas resume-se a uma palavra: pressão! Hahahahahah

* Com esse primeiro livro, que obstáculos encontrou para o ver publicado no mercado Angolano?

Honestamente? Obstáculos nenhuns. Talvez porque, como jornalista, já tivesse acesso a editora. O processo foi muito simples: entreguei o material, foi aprovado, fez-se os ajustes (com uma coordenação muito grande e uma comunicação muito próxima da editora) e o livro veio pra rua! Dito assim parece simples, mas presumo que tudo passa pelo interesse das editoras.

* Aoaní, obrigada pelo seu tempo e partilhar comigo (connosco) mais um bocadinho do si e do seu trabalho! Esperamos o melhor para os seus projectos e que possamos ver mais trabalhos seus pelo nosso mercado.

Obrigada eu, pelo interesse. Sim, esperemos que haja sempre trabalho, livro ou não! Hehehehehehe

* Aonde é que os interessados poderão saber mais sobre o seu trabalho e outros projectos? Tem um blog, site ou página no Facebook?

Acho mais fácil encontrarem-me no Facebook, é só procurarem por Aoaní d’Alva. Entretanto também estou no Instagram como aoanidalva e no twitter como @Aoani_dAlva. Tenho um blog, que infelizmente tenho actualizado pouco nos últimos tempos, o "O Mundo de AOANI". Espero ter mais tempo e, principalmente, mais disposição para o fazer este ano.

Via O Mundo de AOANI

Comments

  1. Super interessante, é sempre uma alegria pra mim quando o mercado angolano é preenchido com qualidades e não quantidades. Talvez não terei oportunidade de ler este livro tão cedo, dado a quase impossibilidade em que me encontro. mas ainda assim parabéns a Aoaní D'alva e muitos sucessos.
    Parabéns a ti também, Lwsinha por mais uma interessante entrevista.

    Beijos e boa continuação de semana.

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    1. Procura saber quem tr poderia mandar uma cópia. Pergunta a Aoani aonde estão a vender os livros em Luanda.

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